No frontispício do prédio do Paço Municipal, acima da aposição em alto relevo do número 1864 (ano da sua construção) se destaca a inscrição de um Brasão de Armas da República dos Estados Unidos do Brazil, também em alto relevo. A edificação, após a proclamação da República em 1889, recebeu a inscrição do Brasão de Armas para registrar a nova era que se iniciava, mais de 1/4 de século após sua inauguração. O Brasão de Armas continua lá, ainda que com graves sinais de degradação física causada pelo tempo.
O Engº Civil Danilo Alves Cunha, integrante do Movimento Pela Restauração do Paço Municipal, apresentou na reunião de hoje um trabalho de pesquisa sobre o Brasão da República com as formas e detalhes que teve ao longo do tempo e o simbolismo das estrelas, espadas e ramos das espécies vegetais café e fumo. No mesmo trabalho avaliou suas condições físicas e os trabalhos de restauração necessários, sugerindo um roteiro de ações para a recomposição do Brasão da República na sua forma e simbolismos originais.
O Dr. Danilo Cunha repete na restauração do Paço Municipal a preocupação com detalhes, que teve com a restauração da Ponte de Pedra na sua condição original, apresentando frequentemente trabalhos técnicos e de pesquisa com o mesmo teor profissional do apresentado na reunião de hoje.
De acordo com sua proposta para um projeto de restauro, o Brasão de Armas apresenta patologias e desgastes da pintura que deverão ser motivo de restauração através de técnicas apropriadas. Assim como muitos outros detalhes do prédio deverão ser motivo de exaustivo trabalho de pesquisa histórica e dos processos construtivos utilizados na época de sua construção. Todos os trabalhos de restauro deverão ser preliminarmente analisados e aprovados pelo COMPAHC.
De acordo com sua proposta para um projeto de restauro, o Brasão de Armas apresenta patologias e desgastes da pintura que deverão ser motivo de restauração através de técnicas apropriadas. Assim como muitos outros detalhes do prédio deverão ser motivo de exaustivo trabalho de pesquisa histórica e dos processos construtivos utilizados na época de sua construção. Todos os trabalhos de restauro deverão ser preliminarmente analisados e aprovados pelo COMPAHC.
A pesquisa histórica do Dr. Danilo
O Brasão de Armas do Brasil foi idealizado pelo Engº Artur Zauer e desenhado por Luís Gruder sob encomenda do presidente Manuel Deodoro da Fonseca. O uso do Brasão de Armas se impunha, como ainda hoje, além de outros locais nas Prefeituras e Câmaras Municipais.
O Brasão de Armas, concebido inicialmente pelo Engº Zauer, sofreu alterações de acordo com a Lei 5443 de 28/05/1968 e pela Lei de 11/05/1992. As principais alterações feitas referem-se à legenda que teve a expressão "Estados Unidos do Brazil", substituída pela expressão "República Federativa do Brasil" e pelo número de estrelas que contornam o escudo redondo central, que eram 20 e passaram a ser 27, conforme a descrição feita a seguir:
Escudo - Escudo redondo em campo azul-celeste, contendo cinco estrelas de prata (na forma da constelação Cruzeiro do sul), com a bordadura do campo perfilada de ouro, carregada de estrelas de prata em número igual ao das estrelas existentes na Bandeira Nacional. O escudo fica pousado numa estrela partida-gironada, de 10 peças de sinopla e ouro, bordada de 2 tiras, a interior de goles e a exterior de ouro.
Suportes - Ramo de café frutificado (à destra) e de fumo florido (à sinistra), atados de blau.
Escudo - Escudo redondo em campo azul-celeste, contendo cinco estrelas de prata (na forma da constelação Cruzeiro do sul), com a bordadura do campo perfilada de ouro, carregada de estrelas de prata em número igual ao das estrelas existentes na Bandeira Nacional. O escudo fica pousado numa estrela partida-gironada, de 10 peças de sinopla e ouro, bordada de 2 tiras, a interior de goles e a exterior de ouro.
Suportes - Ramo de café frutificado (à destra) e de fumo florido (à sinistra), atados de blau.
Outros elementos - No listel de blau inscreve-se em ouro a legenda República Federativa do Brasil, no centro, e as expressões "15 de novembro", na extremidade destra, e as expressões "de 1889", na sinistra.
fonte: http://pt.wikipedia.org
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O telhado do Paço Municipal
Uma avaliação mais detalhada do telhado existente na parte principal do prédio do Paço, indicou a existência de várias técnicas de construção em sua cobertura, características da maneira portuguesa de construí-los.
Ao longe, por zoom fotográfico, foi possível identificar estas características que valorizam a restauração do Paço Municipal, pela escola ao ar livre para estudantes e pesquisadores sobre técnicas com exemplos reais raros. Esta "descoberta" valoriza ainda mais a decisão do Movimento de ter todos os cuidados na recuperação do telhado daquela edificação histórica.
Não terem se perdidos estes detalhes é um fato quase inexplicável, visto que o telhado mostra ter recebido algumas intervenções de recuperação ao longo da sua vida de 149 anos.
Após estudos e discussões, chegou-se à conclusão de que a melhor opção para a integridade futura do prédio e semelhança arquitetônica será a utilização de telhas contemporâneas, iguais em tamanho e peso, nas mesmas características de assentamento e detalhes, de maneira a conservar características originais da construção histórica.
Na reunião de hoje, 31 de janeiro de 2013, estiveram presentes os integrantes do movimento abaixo listados:
- Hugo R. Filippini
- Danilo Alves da Cunha
- Osni Schroeder
- Claiton Fernando Nazar
- Bianca da Cunha Nunes
- Ione Rosa
- Renato F. Thomsen
- Elizabeth Thomsen
Está programado um sobrevoo sobre a Praça Balthazar de Bem para fotografar detalhes das edificações da praça e principalmente do telhado do Paço Municipal. O responsável pelas fotos será o fotógrafo do Movimento pela Restauração Renato Fontanari Thomsen, acompanhado de Claiton Fernando Nazar, do COMPAHC.
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O Jornal do Povo, JP2 edição de hoje 31 de janeiro de 2013 - página 17, traz uma reportagem que conta da busca de recursos federais, pelo Sr. Prefeito Neiron Viegas junto ao Ministério da Cultura em Brasília/DF, a fim de iniciar a obra de escoramento e posterior restauro do Paço Municipal de Cachoeira do Sul.
O JP2 também explica que o mesmo grupo que recuperou a nossa histórica Ponte de Pedra, está agora engajado nesta nova luta pela preservação deste prédio de arquitetura portuguesa, com detalhes neoclássicos, construído em 1864. E agora estuda as técnicas construtivas do telhado, para recupera-lo como era originalmente.
O colunista do Jornal do Povo, Arqtº Osni Schroeder em seu texto "Registradores do passado", na edição de 05 de fevereiro de 2013, dissertou sobre o contexto histórico da revolução de 1893 traçando um paralelo com os antigos prédios (Estação de Ferreira e Paço Municipal) assim como o monumento Ponte de Pedra, existentes na época e que foram registrados por anônimos fotógrafos ao longo dos anos, até a atualidade.
O colunista do Jornal do Povo, Arqtº Osni Schroeder em seu texto "Registradores do passado", na edição de 05 de fevereiro de 2013, dissertou sobre o contexto histórico da revolução de 1893 traçando um paralelo com os antigos prédios (Estação de Ferreira e Paço Municipal) assim como o monumento Ponte de Pedra, existentes na época e que foram registrados por anônimos fotógrafos ao longo dos anos, até a atualidade.
Clique no Link abaixo para acessar as matérias reproduzidas na Página JORNAIS
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