domingo, 27 de dezembro de 2020

Homenagens através do Jornal do Povo



Osni Schroeder

           O desaparecimento precoce de Osni Schroeder, arquiteto e defensor dos valores da cultura cachoeirense, ocorrido em 18 de dezembro de 2020, segue repercutindo.

          Sua participação permanente e inconteste na defesa do patrimônio cultural de Cachoeira do Sul foi marcante o suficiente para que formadores de opinião das mais diferentes áreas reverenciem seu nome e atuação, destacando os atributos do cidadão que soube fazer uso não somente dos seus conhecimentos profissionais, mas principalmente do seu compromisso e amor pela terra natal, para promovê-la e enaltecer os seus valores e potencialidades.


A morte leva o homem,
mas deixa inscritas suas obras.

Mírian Ritzel










domingo, 20 de dezembro de 2020

Vídeos #belaquesóela (participação de Osni Schroeder)

                  Listamos abaixo, link de uma Live transmitida pela TV Cachoeira Novo Tempo, em seu canal do YouTube no dia 16 de dezembro de 2020, com o lançamento oficial do Livro-Arte 200 anos - CACHOEIRA DO SUL #belaquesóela.

                A repórter Telma Thomaz entrevista a presidente da AMICUS, Profª Marisa Timm Sari, a vice-presidente do COMPAHC, Profª Mirian Ritzel e o tesoureiro da AMICUS, Arqtº Osni Schroeder (em sua última aparição pública, promovendo a Cultura cachoeirense):


LINK:  Live #belaquesóela TV NTSul




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          Devido a problemas técnicos na transmissão da Live acima, o vídeo promocional do livro dos 200 anos (que foi utilizado intercalado com a entrevista) apresentou problemas de baixa qualidade nas imagens. Por este motivo disponibilizamos, abaixo, o link para o vídeo original em alta definição.

          Neste vídeo, o Arquiteto Osni Schroeder aparece na Ponte de Pedra sobre o Rio Botucaraí, em 2010, falando sobre a recuperação daquele monumento, através de um movimento comunitário criado por ele. Também aparecem várias cenas de suas obras de restauro em Cachoeira do Sul, como o Museu/Paço Municipal, Château d'Eau, Cine Theatro Coliseu, União de Moços Católicos, Catedral Nª.Sª. da Conceição, Estação Ferreira, entre outros:


LINK:  Vídeo 200 anos - CACHOEIRA DO SUL #belaquesóela


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          A TV Educativa do Rio Grande do Sul transmitiu reportagem, pelo programa Redação TVE, sobre o lançamento do livro. Segue o link, abaixo:





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Desejamos a todos um Feliz Natal.



sábado, 19 de dezembro de 2020

HOMENAGEM

               


          A comunidade cachoeirense, os grupos culturais e patrimoniais, além da imprensa local, rendem homenagens a OSNI SCHROEDER pelo legado da sua obra e pelo seu carisma exemplar:


PONTE SEM PEDRA

(para Osni Schroeder)


"Um arquiteto da memória 

trabalha com pedra-algodão,

fazendo uma ponte suave

aos sentidos e firme

diante das intempéries. 

Encaixa os muitos ontens 

em cada cálculo e previsão,

sugerindo que os amanhãs 

não se cansam de chegar.

Um homem se eterniza

quando lembramos dele,

da sua bondade como base

da construção da vida,

da sua luta para que a cultura 

seja a abertura da varanda,

de qualquer varanda.

Um homem não viveu em vão 

quando se fez ponte,

sem pedra ou aço,

para que a sua cidade não se perca 

na correnteza do efêmero. 

No bagageiro da Rural cabia 

por inteiro a Cachoeira

de tantas emoções. 

Na Estação da Ferreira 

um homem-memória 

embarcou no trem da história."

 

Robson Alves Soares

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Gratidão

Chulipa Möller

           Sou um privilegiado por ter sido contemporâneo do Osni.

          Uma matéria jornalística intitulada “Últimos desejos”, de autoria de Larissa Roso, relata as entrevistas feitas ao longo de um ano com pacientes que descobriram a proximidade da morte. Sem esperança de sobrevida recebiam, como uma das formas de conforto, a concessão de um último desejo. Na reportagem a jornalista descreve a sua surpresa com a natureza singela dos pedidos:  dormir na própria cama, tomar chimarrão no pátio de casa, preparar uma comida caseira para as pessoas que amavam, abraçar o pai. Em todos os desejos, mostravam mais vontade de dar do que receber.

          No entanto, para algumas pessoas não há necessidade de pedir mais tempo para dar, antes que a morte chegue, pois já se doaram ao longo de suas vidas. Além do envolvimento com seu trabalho, encontram espaço até para gerenciar e representar sua classe profissional.

          Gastam boa parte do seu tempo, que poderia ser de lazer e desfrute, na defesa do patrimônio histórico da sua aldeia, por exemplo. Mas não só em atividades divulgadas e de conhecimento público. Atuam também como anônimos projetistas na urbanização da área de um asilo comunitário e, percebendo as dificuldades materiais enfrentadas pelo mesmo intermediam doações de seus irmãos de maçonaria para ajudá-lo. E ainda mais, praticam caridade profissional, ou seja, elaborando os laudos de sua expertise exigidos pela legislação trabalhista para este mesmo asilo. Tudo isto sem nada cobrar.

          Qualquer um sentir-se-ia privilegiado e honrado por ser contemporâneo e amigo de uma dessas pessoas. Ainda mais se o destino os aproximar desde os tempos ginasiais e, mais tarde pela profissão e pela cidade onde decidiram viver. Seguindo o exemplo de seu pai, Osni Schroeder esteve sempre disponível para a sua comunidade. E no asilo deixou sua marca em todas as vezes que o seu auxílio profissional foi necessário.

         Que o Grande Arquiteto do Universo o receba em seu projeto celestial e neste plano conforte seus familiares e amigos! Como consta em Isaías (25:8), “Ele enxugará as lágrimas dos olhos”.

 Muito obrigado, Osni!

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          O Jornal do Povo relata em reportagem, na sua edição de hoje, um pouco da vida e da extensa obra do Arquiteto e Ativista Cultural Osni Schroeder:      






Enio Santos (Guaíba) em 18/12/20
Morte precoce
"É lamentável a partida precoce deste ícone da cultura de nossa cidade, vá na paz do senhor, um dia nos encontraremos, meu amigo. 🙏"


Gilberto Baisch (Petrópolis) em 18/12/20
TRISTEZA
"Ainda ontem conversei longamente com o Osni, em sua casa na Ferreira.
Agradável, educado, tinha um grande orgulho da Casa de Passagem ou Casa de Acolhimento junto ao HCB - poucas cidades no Brasil tem este tipo de ajuda aos que procuram os centros maiores em busca da Medicina. Conversamos sobre a "Tinturaria A Fidalga", que muito frequentei, estudando com meu querido amigo Edni, sobre os colunistas do JP, sobre os comentários (meus preferidos) do João Orlando dos Santos.
Meus sentimentos à Família, aos Irmãos da Loja Maçônica Vale do Jacuí e aos amigos.
Descanse em paz, Querido Osni."


Daniel Falkenberg (Florianópolis) em 18/12/20
Mais um GRANDE cachoeirense se foi...
"Que notícia horrível... Pêsames aos familiares e aos tantos amigos que deixou, ao longo duma vida de lutas e máximo respeito à sua cidade e por ela. Grande escritor e colunista do JP, li com grande prazer seu livro que recebi de presente da Renate. Competente profissional que se dedicou à preservação do patrimônio histórico da cidade e influenciou muitos interessados, com seu conhecimento e sua experiência. Colunista sério e equilibrado, era exemplo de qualidade de texto e sensatez simultaneamente. Cachoeira perdeu outro grande cidadão, que tanto lutou por ela! Descansa em paz, grande Osni! Muita força e luz aos que ficam e que o admiravam ou amavam!"


Paulo Sérgio Pereira (Porto Alegre) em 18/12/20
Osni Schroeder
"O melhor de Cachoeira do Sul, são os cachoeirenses.
E, certamente, Osni foi um bom cachoeirense.
Deixa um legado de lealdade e bem querer, aos seus e à sua Terra.
Será lembrado com respeito, carinho e admiração.
Descanse em paz, guerreiro.
Meus melhores sentimentos, aos familiares e amigos."


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OBRIGADO, MESTRE OSNI.


Cachoeira do Sul jamais te esquecerá.




sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

OSNI SCHROEDER 1951 - 2020


 

A Cultura de Cachoeira do Sul, enlutada,
agradece a este incansável batalhador.

Um mestre exemplar para todos nós. 


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Lançamento do livro #belaquesóela

               O Jornal do Povo, de 15 de dezembro de 2020, noticiou o lançamento do livro comemorativo ao bicentenário da emancipação do município de Cachoeira do Sul, com destaque de capa e no caderno especial JP2:





             E também, na mesma edição,  os colunistas Armando Fagundes e Osni Schroeder reforçaram a divulgação desta obra, desde já histórica:











sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Colunistas divulgam livro

          Os colunistas do Jornal do PovoDariely Gonçalves e Armando Fagundes, escreveram sobre o livro-arte 200 anos - CACHOEIRA DO SUL #belaquesóela em suas respectivas colunas, descrevendo detalhes sobre a obra e divulgando a pré-venda pela AMICUS:








domingo, 6 de dezembro de 2020

Livro do Bicentenário - Vendas abertas

Um olhar sobre o passado,
Um registro para o futuro,
Um Livro-Arte.


Livro de capa dura 30cm x 30cm, 200 páginas em papel couché, com
340 fotos de 7 fotógrafos e 85 textos e citações de autores cachoeirenses.



UM PRESENTE PARA DURAR 100 ANOS

                  Cachoeira do Sul completou 200 anos neste 2020 pandêmico. Em algum momento, há cinco anos, um grupo ligado à cultura pensou em fazer um livro. Era uma sonho que a AMICUS (Associação Cachoeirense de Amigos da Cultura), com sua presidente Marisa Sari, encampou e transformou em realidade, junto com patrocinadores que foram amorosos ao acolher a ideia de uma publicação comemorativa.
                 Pois o livro está saindo agora, em dezembro e, sem dúvida, é um maravilhoso presente de Natal para quem ama o lugar. 
                 O Livro dos 200 anos foi organizado pela Mírian Ritzel, com a assessoria da Elizabeth Thomsen, traz poemas e textos de cachoeirenses nativos ou de coração e contou com a disponibilidade de fotógrafos, que deram cor e alma para a edição.
                Com lançamento virtual marcado para o dia 15 de dezembro, o livro está em pré-venda. Quem comprar, vai ter em casa um documento de história da cidade. O próximo, só daqui a cem anos, talvez com edição feita na galáxia. 
                Vamos aproveitar esse que está à mão. Em 2120 talvez, estou dizendo TALVEZ, a gente não consiga adquirir.
                Para a pré-venda é preciso depositar na conta da AMICUS. Os livros serão entregues na Casa de Cultura / Biblioteca de Cachoeira Do Sul, no dia 21 de dezembro de 2020. 
                Para moradores de outras cidades que queiram adquirir, teremos que escolher a melhor opção de envio, conjuntamente. 
Marô Vieira da Cunha Silva



Conta para depósito: Unicred - Banco 136, agencia 1830, conta 35852-5 
CNPJ AMICUS     90.805.482/0001-40
Valor do livro R$ 60,00 - (sócios AMICUS têm direito a um exemplar por R$ 50,00) 
Enviar comprovante para o WhatsApp 051 99996-6144 - João Goulart.


 


terça-feira, 24 de novembro de 2020

200 anos de Cachoeira do Sul - Um registro para o futuro

 


Cachoeira do Sul  #belaquesóela

                 Quando o ano do bicentenário de instalação do município se aproximava, alguns ativistas da cultura se reuniram em um grupo de WhatsApp para planejarem um livro que destacasse a história, a cultura, as potencialidades e as belezas de Cachoeira do Sul. O ponto de partida já estava definido: belas imagens produzidas pelos fotógrafos César Roos, Renato Thomsen e Robispierre Giuliani.

                 O desafio seria selecionar dentre tantas fotos, aquelas que conduzissem o leitor a conhecer a história, a cultura e o potencial cachoeirense. Então surgiu a ideia de associar a literatura às imagens, buscando entre escritores cachoeirenses de diferentes épocas conteúdo que ressaltasse os cliques feitos pelos fotógrafos.



Relação de autores com poemas, textos e frases:

 

Airton Ortiz

Alarico Ribeiro

Alceu Cabral

Alexandre Eggers Garcia

Amaro Juvenal (Ramiro Barcellos)

Antonio Vicente da Fontoura

Armando Fialho Fagundes

Auguste de Saint-Hilaire

Aurélio Porto

Bagual Silvestris

Benjamin C. Camozato

Binoca da Costa Walmrath

Cândida Fortes Brandão

Carlos Eduardo Florence

Carmem Oliveira Félix

Cecília Kemel Zago

Celia Maria Maciel

César Roos

Cleiton Leal

Dalila Bairros Fonseca

Dariely de Barros Gonçalves

Eliseu Gomes Torres

Ely Costa Marciniak

Eugênio Esber

Faride Germano Machado

Felippe de Moraes

Fernanda Blaya Figueiró

Fernandes Barbosa (Nilo)

Fontoura Xavier

Francisco Bastos

Fritz Strohschoen

Gabrielly Vieira Ribeiro

Gisele Marciniak

Índio Velho (Moacyr Cunha Rösing)

Inge Liselotte Klix

Ione M. Sanmartin Carlos

Janice De Franceschi

João Carlos Alves Mór

João Francisco Severo

João Neves da Fontoura

João Ricardo dos Santos Tavares

Jorge Alberto Corrêa da Silva

Jorge Ritter

Julio Cezar Caspani

Kako Gama (Luís Carlos Peixoto Nogueira da Gama)

Liane Korberg

Liberato Vieira da Cunha

Lisboa Estrázulas

Luís Antônio Silva Dias

Lya Wilhelm

Madalena Alverne Medeiros Silva

Maria Clara Frantz

Marion Cruz

Marisa Timm Sari

Marô V. da Cunha Silva

Mauro Ulrich

Melissa Carla Streck Bundt

Milton Rauber

Mirian R. M. Ritzel

Nehyta Franz Marcuzzo

Neícla Bernardes

Nelda Scheidt

Nilo Savi

Nola Longo de Oliveira

Nora Liege Nogueira Lopes

Osni Schroeder

Patrício de Albuquerque (José)

Péricles Purper Thiele

Renate Schmidt de Aguiar

Robson Alves Soares

Rogério Brittes da Silva

Rosana Ortiz

Ruth Wigner

Sara Claveaux de Jardim

Scopel de Morais

Serafim Machado

Sérgio Gaspary Lezama

Sílvia Franz Marcuzzo

Sônia Macedo Castro

Tiago Vargas

Valecy José Beckenkamp

Vera Beatriz Machado de Freitas

Voltaire de Lima Moraes

Zaira Cantarelli

Zoé Terezinha Trindade


Patrocinadores e parceiros:



Link para o trailer do vídeo CACHOEIRA DO SUL 200 anos:





sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Pré-lançamento do Livro-Arte #belaquesóela

 



Pré-lançamento do Livro-Arte

200 anos   CACHOEIRA DO SUL   #belaquesóela




           A Associação Cachoeirense de Amigos da Cultura retoma a pleno as atividades, visando uma ligação maior com a comunidade e, especialmente, com os seus associados.

          Marca esta volta o pré-lançamento do livro Cachoeira do Sul #belaquesóela, o qual registra em imagens e muita poesia os 200 anos de emancipação do nosso município.

         A ideia nasceu da imaginação de integrantes do grupo de WhatsApp "Cultura Cachoeira do Sul" (Armando Fialho Fagundes, Carlos Eduardo Florence, Cristina da Gama Mor, Eliane Schuch, Elisabete Farias da Silva, Elizabeth Thomsen, Ione Maria Sanmartin Carlos, Liberato Vieira da Cunha, Mafalda Roso, Marô Vieira da Cunha Silva, Mirian Regina Machado Ritzel, Osni Schroeder, Péricles Purper Thiele, Robson Alves Soares e Maria Lúcia Mor Castagnino), sendo então apoiado e viabilizado na sua parte formal pela AMICUS, entidade que há décadas promove a cultura da nossa cidade.

        O livro já está em fase de impressão, pela Gráfica Jacuí, e seu lançamento será no dia 15 de dezembro de 2020.

        O local e a programação do evento estão sendo ajustados às normas de prevenção ao COVID-19, determinadas pelas autoridades sanitárias.


Abaixo o link para o vídeo de 1 minuto com o anúncio para divulgar o lançamento:

https://youtu.be/8MHBAeD9hPk






domingo, 1 de novembro de 2020

CINE MARROCOS - UM LETREIRO SOBRE O PORTÃO

          Cachoeira já teve um cinema ao ar livre, na Rua Sete de Setembro, em terreno defronte ao antigo Cine Teatro Coliseu.  Chamava-se Cine Marrocos e era uma iniciativa dos proprietários do Coliseu.

           

Foto Renato Thomsen

         A historiadora Mírian Ritzel assim se refere, em seu blog  história de cachoeira do sul 

       “Henrique Comassetto e Algemiro Carvalho inovaram em termos de cinema e ousaram outros vôos, como a instalação em terreno fronteiro ao Coliseu do primeiro cinema ao ar livre da cidade – o Cine Marrocos. De curta duração, mesmo assim deixou marcada sua existência no cenário da arte e entretenimento da década de 1950.”

        Um letreiro, em forma de grade, com o nome CINE MARROCOS foi encontrado escondido em meio a ferros retorcidos da demolição parcial do antigo Cinema Coliseu, que ocorreu ao longo do tempo. Pela sua característica é permitido concluir que emoldurava o portão de entrada do cinema ao ar livre.

       Esta peça da nossa história esteve perdida, andando inclusive por outros locais da cidade, mas de alguma maneira foi preservada pelos empresários Vanderlei Ribeiro e Gilson Gomes Lisboa, sendo encaminhada para guarda dos parceiros voluntários do Grupo Ponte de Pedra, que pretendem dar a ela uma destinação ligada à cultura.

      Com este achado resgata-se um pedacinho do passado, que testemunhou muito da nossa história, e quase sucumbiu ao destino do lixo ou da reciclagem. Para sorte nossa, foi descoberta pelo olhar atento da Arquiteta Elizabeth Thomsen e as lentes implacáveis do fotógrafo Renato Thomsen, estando hoje protegida no jardim da casa deles, à espera de ser instalada em um local definitivo, que poderá ser no próprio Coliseu revitalizado ou então no Museu Municipal. 

      Este letreiro do breve cinema ao ar livre que Cachoeira do Sul teve nos anos 50, ocupará  novamente um lugar na vida da cidade, mais longevo e tão importante quanto o que ela ocupou no passado.

Texto Osni Schroeder



quarta-feira, 21 de outubro de 2020

 Livro   200 ANOS DE CACHOEIRA




          Quando Deus inventou o mundo caprichou na criação de um lugar especialmente lindo, que seria localizado num lugar alto, de generosas aguadas, com um grande rio que passava junto a uma sucessão de colinas, numa beleza natural que atrairia gente de longe para admirar a harmonia que havia naquele lugar! Deus fez tudo isto, reservando no rio uma queda d’água que formava uma pequena cachoeira, que em época de cheia se escondia sob a água para liberar a subida e descida de barcos pelo rio.

          O povo que por primeiro chegou ali, vivia em harmonia com a natureza, mas pouco sabia sobre cobiça e não conseguiu ficar ali por muito tempo. A história seguiu seu curso e gente de lugares distantes chegou para brigar por aquela terra! Quando as lutas acabaram, os que ficaram passaram a chamar o lugar de Cachoeira.  Nobres e plebeus passaram a vir de longe para ver o encanto da sua beleza!

          Havia muita vigor no povo que herdou aquela terra! O arroz irrigado nasceu nela e muitas riquezas foram criadas a partir disto. O progresso chegou primeiro pelo rio e um tempo depois, por uma estrada de ferro de barulhentas máquinas que soltavam vapor e riqueza pelo caminho.

          A vida feliz daquela gente estimulava cantos à beleza daquela terra, que chamaram de Cachoeira! Versos brotavam dos poetas e escritores sentiam-se confiantes! Pintores empunhavam pincéis e a música era ouvida muito além das curvas do rio.

          Quando fez 100 anos, a Cachoeira daquele tempo já pensava como o futuro avaliaria sua vida e a dos seus habitantes. Grandiosas obras edificadas já despontavam, como a Ponte de Pedra, a Igreja Matriz e a Casa de Câmara e Cadeia. Alguns poucos já sabiam que o Château d'Eau estava a caminho!

          Tempos duros, que vieram mais tarde, fizeram com que maus sentimentos mudassem o ânimo daquela terra. O povo até pareceu ter esquecido que a beleza divina do local continuava à sua volta, perdendo-se muito nesta crise de valores.

         Quando os 200 anos se aproximaram, ventos de restauração de afetos varreram a cidade fazendo voltar os cantos, poemas, versos e imagens sobre ela! Na esteira deste fenômeno, algumas restaurações tangíveis e intangíveis aconteceram. Então a cidade despertou para um sentimento de pertencimento e proteção das suas belezas! Do rio ao fim da linha, da sanga da Inez à da Micaela, das chaminés dos engenhos à Ponte de Pedra, das antigas celas da cadeia pública aos sinos da Igreja Matriz, o velho amor por Cachoeira foi renovado no coração dos seus filhos.

          E quando chegaram os 200 anos da sua instalação, ainda que em meio a uma assustadora doença pandêmica, cachoeirenses parceiros na valorização cultural e histórica da terra, com o apoio da Associação Cachoeirense dos Amigos da Cultura - AMICUS, resolveram perpetuar numa publicação alusiva à data bicentenária, a arte dos poetas, escritores, fotógrafos e muitas outras expressões de amor a esta terra.


          E assim foi produzido o Livro dos 200 anos de Cachoeira #belaquesóela, que será lançado no dia 15 dezembro de 2020.



          O nosso blog pontedepedra.blogspot.com (que já registrou ações pela preservação da Ponte de Pedra, Paço Municipal, Château d'Eau, Catedral, fachada da antiga União de Moços Católicos, Cine Coliseu e tantos outros) apoia o Livro 200 anos de Cachoeira, pois além de ser uma mensagem para o futuro, é uma definitiva declaração de amor a esta Cachoeira que encanta seus filhos.

Osni Schroeder      outubro 2020



foto: Renato Thomsen


Vídeo 200 anos
Clique no link abaixo: