O dia de ontem, terça-feira 10 de setembro, foi de muito trabalho para a equipe técnica do Movimento pela Restauração do Paço Municipal e para os membros do COMPAHC.
Além de acompanhar o árduo trabalho de remoção das raízes das tipuanas que haviam defronte ao prédio histórico, relatado na postagem anterior, foi também definido o esquema de escoramento emergencial do telhado do segundo pavimento da edificação.
O Sgtº Vanderlei Rauber, a Arqtª Elizabeth Thomsen, o Engº Danilo Alves da Cunha, o Arqtº Thiago F. Cazarotto e a estagiária Bianca da Cunha Nunes começaram a definir as etapas do trabalho que visa proteger as frágeis e raras paredes internas, feitas de taipa-de-mão, das consequências danosas das chuvas e também de eventuais impactos involuntários, durante as obras.
Integrantes do Movimento pela Restauração e o presidente do COMPAHC, também discutiram as providências a serem tomadas para o início das obras (conserto dos banheiros para uso dos trabalhadores, local para armazenagem dos materiais e ferramentas, etc.) assim como a necessidade de recursos financeiros para a compra de tábuas, compensados e materiais de reposição como discos de corte, brocas, corrente de moto-serra, etc.
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O IPHAE e a Ponte de Pedra
Marília de Lavra Pinto
Arquiteta e Urbanista - graduada pela UFRGS (1979),
Especialista em gestão do patrimônio cultural integrado ao planejamento urbano da América Latina
pelo Centro de Conservação Integrada UFPE/UNESCO (2003),
Especialista em construção civil pela Faculdade de Engenharia da UFRGS (2006);
Especialista pelo Curso Gestão e Prática de Obras e Serviços de Conservação e Restauro do Patrimônio Cultural
do CECI (Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada) Olinda/PE (2007)
Durante a inspeção tivemos a oportunidade de verificar que a estrutura do monumento histórico resistiu muito bem às enchentes e ao clima deste inverno de 2013.
Porém, o olho clínico do Engº Danilo detectou algumas persistentes infiltrações que descem da pista de rolamento, acima de dois arcos. Ainda existe a necessidade de uma impermeabilização entre o calçamento de pedras e a estrutura de tijolos dos arcos.
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Aproveitando a oportunidade, fizemos um rápido city-tour, mostrando à expert do IPHAE os principais patrimônios históricos da nossa cidade, culminando com a visita ao "Centro Histórico", onde se localizam o prédio do Paço Municipal, o Chateau D'Eau e a Catedral Nª Sª da Conceição.
Na despedida da Arqtª Marília, foi solicitado o apoio técnico do órgão estadual ao Patrimônio Histórico de Cachoeira do Sul.
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"Portadoras de uma mensagem espiritual do passado, as obras monumentais de cada povo perduram no presente como testemunho vivo de suas tradições seculares.
A Humanidade, cada vez mais consciente dos valores humanos, as considera patrimônio comum perante as gerações futuras, se reconhece solidariamente responsável por preservá-las, impondo a si mesma o dever de transmiti-las na plenitude de sua autenticidade"
Carta de Veneza
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