Enchente de 26/12/2015 - Foto de Eduardo Schroeder |
O início da tarde quente e abafada, no dia 12/01/2016, não foi impeditivo para que integrantes do Movimento Pela Recuperação da Ponte de Pedra fossem até a ponte no rio Botucaraí matar a saudade e verificar a sua estabilidade depois de duas enchentes violentas.
Fizeram parte da visita, a Arquiteta Elizabeth Thomsen, o fotógrafo Renato Thomsen, o Arquiteto Osni Schroeder. Foram também convidados: o Subtenente Vanderlei Rauber, artífice maior das ações na execução da recuperação da Ponte de Pedra e o Arquiteto Júlio Ramos, de Venâncio Aires/RS, autor do projeto de restauro do Paço Municipal.
IMPRESSÕES
A expectativa da ida à Ponte de Pedra coincidiu com a primeira visita que um grupo de arquitetos fez ao local em 2010, algum tempo depois que uma das cabeceiras caiu para dentro do rio. Naquele momento a expectativa receosa era do tamanho dos estragos e o que isto significaria para a recuperação da ponte.
Nesta terça à tarde, a expectativa era bem menos ansiosa mas assim mesmo preocupada, no sentido de saber quais os prováveis estragos que as últimas grandes enchentes fizeram no monumento histórico.
Felizmente, a Ponte de Pedra continua firme e forte, resistindo bravamente à fúria das águas do rio Botucaraí, em períodos de enchentes.
JUVENTUDE
Chamou a atenção a presença considerável de jovens, em dia de semana, acampados no mato nativo, tomando banho no rio e aproveitando a beleza e a tranquilidade do lugar.
Imagina-se que a afluência de pessoas poderia ser maior se a infraestrutura e a estrada fossem um pouco mais qualificadas.
DANILO CUNHA
Da ponte, as pedras, o som quedante das águas, os cheiros do mato, invadem de saudade nossos corações pela ausência física do parceiro Engenheiro Danilo Cunha, que cumpriu sua missão e se foi para construir pontes e amizades em outros planos.
Saudade!
FATOS TRISTES
Algumas pessoas continuam retirando pedras do conjunto da ponte para a montagem de churrasqueiras improvisadas na mata. Lamentável!
O mato nativo começa a tomar conta do pavimento da ponte. Identificou-se num local sobre um dos vãos livres, o crescimento de uma árvore figueira do mato, que se continuar no local, será em futuro próximo um elemento de atentado à estrutura da ponte.
Nota zero para nós todos, que não tivemos condição de pelo menos manter roçado e limpo de ervas prejudiciais um dos nossos bens culturais mais importantes.
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PARA PENSAR
A Ponte de Pedra, firme e forte, mostra que tem futuro, ainda que dependa da nossa ação e proteção continuada.
arq Osni Schroeder
A Ponte de Pedra é um divisor de águas para aqueles que, como nós, acreditam na importância de preservar nossa história. Linda homenagem ao inesquecível e insubstituível Dr. Danilo Cunha.
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