O responsável pelo restauro do Chateau d'Eau, contratado pela CORSAN, Antonio Sarasá, foi visitar hoje pela manhã o prédio da antiga estação ferroviária da Ferreira. Foi acompanhado pelo Arq Osni Schroeder, Renato Thomsen fotógrafo do Movimento Pela Restauração da Estação Ferreira e pelo nosso parceiro Luciano Santos, da Décadas Antiguidades.
O restaurador manifestou-se impressionado pela imponência da edificação histórica, considerando estar localizada numa pequena vila e não numa cidade.
Impressionou-se também com a técnica construtiva das tesouras de telhado do antigo depósito e seus detalhes de acabamento. Referiu que os tijolos utilizados nas alvenarias são peças no padrão inglês.
Identificou revestimentos de paredes com cal e areia e camadas de tinta, destacando que a edificação foi pintada em tons de vermelho numa certa época.
Sarasá lamentou a degradação acentuada do prédio, mas manifestou o seu apoio às ações comunitárias pelo restauro da edificação. Ainda comentou o furto havido há poucos dias das lajes de piso da plataforma de embarque. Considerou essencial que a comunidade, onde qualquer bem está inserido, tenha afeto pelo mesmo porque quando isto acontece ela não o depreda e sim o protege.
PONTE DO IMPÉRIO
Aproveitando a ida à Ferreira, Toninho Sarasá visitou também a ponte que possibilitava a passagem de trens sobre o arroio Ferreira. A ponte secular, do tempo do Império, é construída toda em pedra basáltica, em arco único de aproximadamente 25 metros de vão, com uma pedra de cunha centralizada, onde está talhado em alto relevo o brasão do Império do Brasil. Considerou a ponte ferroviária do império um tesouro raro, que deve ser protegido e valorizado pela comunidade.
Diante da beleza histórica da ponte, o restaurador filosofou dizendo que:
"Pontes vivas estendem a vida, transportam iniciativas, ultrapassam dificuldades. Quando desativadas, permitem que a comunidade estenda sua vida, transporte suas iniciativas e ultrapasse suas dificuldades achando uma maneira de valorizá-la tanto quanto na sua vida ativa. Não fazer isto, é como o sujeito que tendo de transpor um rio, desiste e fica sentado na margem olhando o tempo se perder no horizonte."
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