No entardecer de 13 de dezembro de 2022, mais de 100 pessoas prestigiaram o lançamento do livro “O Viajante Infiel” (editado pela família) e a homenagem póstuma da Amicus a Osni Schroeder, no saguão da Casa de Cultura, decorado por Léa Kämpf, com objetos pessoais do arquiteto.
A emoção tomou
conta dos presentes com a leitura de sua
coluna “A lanterna de Diógenes” e performance de Rosane Rösing, a interpretação
de músicas de Elvis Presley pelo pianista santa-mariense Miguel Zanotelli, os
depoimentos da presidente da Amicus, Dariely Gonçalves, das parceiras do Grupo
Ponte de Pedra Mirian Ritzel e Elizabeth Thomsen, do filho José Pedro Hentschke
Schroeder, da esposa Vera Hentschke Schroeder, do amigo Chulipa Möller e da
Secretária de Cultura, Clarisse Almeida.
Um vídeo trouxe homenagens de Auber Lopes de Almeida Filho e
Antônio Sarasá, amigos que não puderam comparecer, belas imagens da vida familiar, e da sua intensa atividade
profissional em prol da preservação do patrimônio material e imaterial de
Cachoeira:
Imprimiu-a como
cidadão, quando não se furtou de participar dos debates e das questões postas
na comunidade cachoeirense, fosse na condição de formador de opinião e, muito
especialmente, na defesa da nossa memória, quando se mostrou aguerrido
voluntário em ações de convencimento e recuperação do patrimônio histórico-cultural.
E foi, com certeza,
um dos grandes filhos desta terra pelo amor que a ela devotou, constituindo
aqui sua família com a esposa Vera e passando aos filhos Eduardo e José Pedro o
exemplo de edificação da sociedade que tem início na consolidação da vida familiar.
Suas ações em prol do próximo, muitas anônimas, redundaram em realizações que
mitigaram sofrimentos.
Osni Schroeder, ainda
que combatente em suas ideias, conquistou e fez muitos amigos. Seu tirocínio e
grande experiência no convívio em diferentes círculos fez dele um notável
observador e balizador de atitudes. A lanterna de Diógenes, trazida à reflexão
na crônica magistralmente lida por Rosane Rösing, cuja motivação para
rememorá-la surgiu do reencontro que Osni teve com o velho lampião que o guiava
nos tempos do escotismo, consegue trazer para cada um de nós a medida das
reflexões que o ser humano que ele foi fez ao longo de toda a sua vida,
questionando-se sobre ter consigo o que Diógenes procurava: ser um homem livre
em busca da verdade.
Sua verdade chegou
até nós e muito especialmente fomos tomados dela com sua partida inesperada.
Ficaram o legado, o exemplo, as realizações. Ficou a imagem do homem, do
companheiro de causa, do cidadão que teve o privilégio de “conversar” com o
passado, ouvindo-o e lutando por sua salvaguarda.
O Viajante Infiel,
sua obra póstuma, traz um pouco do que Osni vivenciou, transmutado numa ficção
que envolve o desaparecimento de uma peça sacra de imenso valor em um lugar na
Argentina e que foi escondida na sua, na nossa Cachoeira do Sul. Os leitores
ficarão surpresos com o enredo, o simbolismo e o desfecho.”
O livro “O Viajante Infiel”, com texto de Osni Schroeder e
ilustações de Jáder Corrêa, editado pela Farol 3 Editores, tem 129 páginas e estará
à venda na Livraria Nascente, Viveiro Cultural, Biblioteca e Museu Municipal
por 50 reais.