domingo, 24 de abril de 2022

Nova mobilização pela antiga Estação de Ferreira




                 Na iluminada manhã de domingo, 24 de abril de 2022, um grupo de cidadãos reuniu-se em torno da precária edificação da antiga Estação de Ferreira, inaugurada em 15 de outubro de 1885.


            A motivação do encontro vem do interesse de buscar meios de estancar a degradação e espoliação que o imóvel vem sofrendo desde que deixou de ser utilizado pela comunidade que o cerca e dar continuidade ao movimento iniciado pelo saudoso arquiteto Osni Schroeder em 17 de maio de 2016. Naquele ano, alguns voluntários, a exemplo do que ocorrera com a Ponte de Pedra e o Paço Municipal, iniciaram discussões e deram os primeiros passos para a recuperação deste bem que é de valor inestimável para a história do transporte ferroviário em Cachoeira do Sul, tem relevância arquitetônica, com seus traços únicos, e é tombado como patrimônio histórico-cultural.



               O Movimento pela Restauração da Estação de Ferreira retomou suas ações a partir de uma reunião ocorrida no dia 18 de abril de 2022, contando com a pronta e importante adesão da família de Osni Schroeder, representada pela esposa Vera Helena e os filhos Eduardo e José Pedro Schroeder, professores do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Maria – Campus Cachoeira do Sul, presidente da Amicus, Marisa Timm Sari, e do restaurador Antônio Sarasá. Na reunião, ficou acertada a visita ao local, aproveitando a estada de Antônio Sarasá em Cachoeira, que levou aos participantes as suas sugestões e orientações advindas da grande experiência no trato com recuperação de bens do patrimônio histórico e com o desenvolvimento de iniciativas de educação patrimonial.



               Com o apoio da imprensa escrita, representada pelo Jornal do Povo, e pelas rádios GVC FM e Popular Web*, a comunidade cachoeirense foi informada dos primeiros movimentos em prol da Estação de Ferreira, sendo convidada a abraçar o mais rapidamente possível ações capazes de atacar, com urgência, os problemas relacionados à estabilidade da edificação e segurança dos que transitam no local em número bastante significativo. Ora, se praticamente em ruínas a Estação é capaz de atrair curiosos e apreciadores da sua estrutura, certamente é porque aquele sítio histórico guarda valores intangíveis que o credenciam à recuperação, acenando com um futuro de novos usos, que sejam proveitosos para dela extrair e difundir o seu valor histórico-cultural e a sua dimensão de bem que habita a memória afetiva de muitos.




               Ficou acertada na visita à Estação que os voluntários sairão em busca dos apoios necessários para conter a degradação, estabilizar a edificação e buscar a sua segurança, a partir de um projeto de restauro e utilização elaborado por Osni Schroeder em 2019. Vencida esta etapa, lançar-se-ão ao desafio de procurar meios de retomar a dignidade da Estação de Ferreira, sonhando em fazer renascer a sua grandiosa história e fabulosa arquitetura.



               Participaram da visita: o restaurador Antônio Sarasá, Vera Helena, Eduardo e José Pedro Schroeder, Luciano Santos, Renato e Elizabeth Thomsen, a presidente do COMPAHC Ione Maria Sanmartin Carlos, Lia Carolina Breyer Schlabitz, Dionas Trindade da Fontoura, Chulipa Möller, Mirian R. M. Ritzel e o repórter Robson Neves, do Jornal do Povo.





Vídeo de 1min. com drone   (15/04/2022):

Texto: Profª Mirian Ritzel

Fotos: Renato Thomsen


JP  20 de abril de 2022
Clique na imagem para visualizar em tela cheia


Nenhum comentário:

Postar um comentário